Técnica do Inseto Estéril desenvolvida pela Moscamed no combate a moscas-das-frutas é citada na Revista Pesquisa Fapesp

Publicado em: 19/10/15


A Revista Pesquisa Fapesp (Fundação de Amaro à Pesquisa do Estado de São Paulo) divulgou na sua edição do mês de outubro de 2015, o trabalho desenvolvido pela Biofábrica Moscamed com o controle biológico da mosca-das-frutas, da espécie Ceratites capitata utilizando a Técnica do Inseto Estéril (TIE) e liberação de machos estéreis nos pomares do Vale do São Francisco.

Intitulada, ‘Empresas desenvolvem métodos de criação de insetos para polinização e combate a pragas’, o artigo destacou o uso de insetos para auxiliar na produção de frutas e no combate às pragas.

A matéria relata a estratégia da Biofábrica Moscamed que produz e libera insetos no campo para combater as pragas. “Sua biofábrica produz machos estéreis da mosca-da-fruta-do mediterrâneo (Ceratitis capitata) que são liberados nas plantações de frutas (manga, uva, goiaba, acerola, laranja), principalmente na região Nordeste, para competir com seus congêneres selvagens (ver Pesquisa FAPESP nº 133)”, citou.

No artigo o diretor presidente da Moscamed, Dr Jair Fernandes Virgínio, explicou que a criação é feita a partir da variedade Vienna 8, “desenvolvida pela Agência Internacional de Energia Atômica, que, ao contrário das linhagens selvagens, tem pupas de machos e fêmeas de cores diferentes. Assim, é possível saber nessa fase o sexo do inseto que emergirá”, afirmou.

No processo de criação das moscas, as fêmeas são eliminadas ainda na fase de ovo com tratamento hidrotérmico, a água a 34°C. Os machos são esterilizados com radiação (raios X ou gama) e soltos na natureza. Antes da liberação é feito um monitoramento para conhecer o número de moscas existentes no campo, após isso são liberados de um a nove machos estéreis para cada selvagem.

O macho estéril desenvolvido pela Moscamed copula com a fêmea selvagem que colocará seus ovos nas frutas, que não gerarão descendentes. De acordo com Dr Jair afirmou na reportagem, “com a liberação contínua de machos estéreis, a população das moscas se reduz até um nível em que não causa danos econômicos”.

A Embrapa Uva e Vinho, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária em Bento Gonçalves (RS), fará testes semelhantes aos trabalhos desenvolvidos na Moscamed, mas para outra espécie de mosca-da-fruta, a sul-americana (Anastrepha fraterculus), que danifica frutas cultivadas na região, principalmente maçã e pêssego. A diferença é que serão esterilizados machos e fêmeas, porque nesse inseto não é possível determinar o gênero na fase de pupa.

Outras pesquisas citadas no artigo foi a produção de abelhas nativas mamangava e de uma espécie sem ferrão conhecida mandaguari (Scaptotrigona depilis) por duas empresas de São Paulo.

Uma das empresas já tem no mercado três espécies de ácaros predadores microscópicos, usados no controle biológico de pragas que causam danos a hortaliças, frutas, flores e outras plantas cultivadas e fungos que atacam as raízes de várias culturas, na formação das mudas.

Uma empresa em Piracicaba (SP) cria quatro espécies de pequenas vespas parasitoides, além dos hospedeiros nos quais elas são multiplicadas para o controle dos ovos da broca-da-cana (Diatraea saccharalis), uma pequena mariposa que, em sua fase larval, ataca canaviais.

Fonte: Revisa Pesquisa Fapesp – www.revistapesquisa.fapesp.br

Confiram: http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/10/14/producao-alada/

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