Workshop debate nova tecnologia para controlar mosquito Aedes aegypti

Publicado em: 08/11/10


Durante o workshop realizado na última sexta-feira (5), no auditório da Codevasf, em Juazeiro, a nova tecnologia para supressão de populações naturais de mosquitos Aedes aegypti foi apresentada aos profissionais do setor, ao poder público e à comunidade. O evento contou com a presença do diretor presidente da Moscamed, Aldo Malavasi; do diretor executivo, Jair Virgínio; da assesora técnica do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), Ima Braga; da superintendente da Secretaria de Saúde do estado da Bahia, Lorene Pinto; da pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas da USP, Margareth Capurro; do gerente técnico da Oxitec (U.K), Andrew McKemey; e de diversas autoridades locais.

Em sua apresentação, Ima Braga reforçou a importância do Programa nacional como eixo estratégico para o controle da doença que atinge todos os estados do país. E ressaltou que o PNCD tem como foco as ações preventivas de combate ao mosquito, a fim de evitar epidemias e organizar todos os níveis de assitência aos pacientes. “No entanto, para alcançar esse patamar é preciso, principalmente, que cerca  de 18 millhões de pessoas que vivem em áreas urbanas tenham acesso a água”, exemplificou.

A superintendente da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, Lorene Pinto, abordou o programa de controle de Aedes aegypti no estado, que notificações de dengue em todos os meses do ano. Segundo Lorene, a maior preocupação é diminuir o uso de inseticidas químicos utilizados nos focos de criadouros. E que a implementação dessa nova tecnologia de controle genético do mosquito deve ter interferências direta das políticas públicas de saúde, educação e infra-estrutura. “Não adianta trabalharmos apenas uma linha, esse novo projeto é mais uma possibilidade, uma expectativa de controlar o vetor, assim como a vacina seria uma resposta ao indivíduo”, ressaltou.

O Programa de Controle Genético do Mosquito Aedes aegypti, que será desenvolvido pela Moscamed em parceria com a Oxitec e a USP, foi apresentado pela Dr. Margareth Capurro, que descreveu as principais características dessa tecnologia pioneira no país, e evidenciou os principais benefícios do seu uso. Segundo a pesquisadora, essa tecnologia não trará qualquer impacto ecológico ao meio ambiente, nem ao ser humano, porque essa espécie já foi erradicada do Brasil na década de 1950.

A próxima etapa do projeto será a liberação em campo do mosquito transgênico, nos sítios selecionados pela comissão técnica, e localizados na cidade de Juazeiro, no bairro de Itaberaba, e nos distritos de Carnaíba, Campos dos Cavalos, Maniçoba e Mandacaru. Para essa liberação é necessário ainda que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) emita uma autorização, que deverá sair até o final deste ano. 

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