Órgão da ONU promove reunião científica, em Juazeiro

Com objetivo de melhorar as técnicas de criação massal de mosquitos para controlar vetores de doenças como dengue, malária e chikungunya, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) realizou a Second Research Coordination Meeting (RCM) -Segunda Reunião de Coordenação de Pesquisa- entre os dias 09 a 13, em Juazeiro/BA. A AIEA é um órgão internacional autônomo, possui relações diretas com a Organização da Nações Unidas e atua na manutenção do uso seguro e pacífico da energia atômica. De acordo com o gerente da reunião e membro da AIEA, Konstantinos Bourtizis, a Agência desenvolve diversos projetos com o objetivo de controlar a população de insetos que provocam danos à agricultura e à saúde humana, por meio da Técnica do Inseto Estéril (TIE). Juazeiro foi escolhida para acolher o evento porque é a cidade onde está sediada a Biofábrica Moscamed Brasil, única instituição no mundo que desenvolve todas as etapas completas no processo de criação de insetos em larga escala, também com a utilização da TIE tanto em moscas quanto em mosquitos. O presidente da Moscamed, Jair Virginio, destacou que “O Vale do São Francisco e a Moscamed foram esta semana território das Nações Unidas, durante a realização do encontro que contou com a participação dos melhores especialistas do mundo em estudo de mosquito, inclusive do Brasil, representado também por nossa coordenadora do Projeto Aedes Transgênico, Margareth Capurro”, frisou Virginio. O encontro reuniu cientistas de quatorze países para desenvolver melhores técnicas de sexagem –separação de pupas machos das pupas fêmeas- que otimizem o tempo e reduzam os custos da produção dos mosquitos. Durante o encontro eles estudaram também a possibilidade de elaborar um marcador genético para a diferenciação dos sexos. Sobre a importância da sexagem na produção massal dos mosquitos, a coordenadora do PAT e integrante da equipe, Margareth Capurro, explicou que “O método que utilizamos para combater os vetores da malária, da dengue e da chikungunya é a liberação de machos estéreis ou transgênicos. Atualmente existe alguma metodologia na sexagem, mas não é satisfatória para a implementação de um grande programa de controle de mosquitos”, declarou Capurro. Na ocasião os cientistas se organizaram em grupos de estudos com especialidade nas áreas de biologia molecular, genética clássica, mecânica e comportamento de sexo em separação de mosquitos. Ao final do encontro foram estabelecidas metas de trabalho que darão continuidade às atividades dos pesquisadores em seus respectivos países, até a realização da próxima reunião em 2016. Ascom Moscamed
Moscamed participa de evento sobre alimento seguro, em Brasília

O presidente da Moscamed, Jair Virginio, participou do III Encontro Sobre Culturas de Suporte Fitossanitário Insuficiente, na última semana de janeiro, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília/DF. Discutir propostas para a liberação e uso de defensivos específicos para a fruticultura, hortaliças e florestas plantadas, foi o principal objetivo do encontro. A pauta do evento incluiu também propostas sugeridas por produtores rurais e a atualização da Instrução Normativa Conjunta (INC) 01/2014, que regulamenta a liberação e o uso de agrotóxico nas lavouras. Com a falta de produtos específicos, muitos exportadores de frutas, por exemplo, perdem mercado e competitividade por não atenderem as exigências de países importadores. Para Virginio a iniciativa foi interessante porque expôs as dificuldades dos produtores, mas indicou caminhos para superá-las. “O evento foi importante por mostrar uma lacuna no sistema de produção brasileiro, que é a falta de produtos registrados para o uso na maioria das culturas agrícolas e, principalmente, por buscar soluções para tratar a situação”, frisou o presidente da Moscamed. Na ocasião foi concluído que a dificuldade de encontrar agroquímicos liberados para uso nas pequenas atividades levou um número considerável de pequenos produtores a praticar a chamada “ilegalidade involuntária”, que é uso indiscriminado de defensivos. Por esta razão os participantes reconheceram que é necessário ampliar o amparo legal e o número de agroquímicos disponíveis. “É inegável que a INC trouxe avanços. Mas diante da demanda real dos produtores, 5% das nossas necessidades foram atendidas. Ainda há muito para fazer, mas já vemos o envolvimento da cadeia nesta questão”, explicou o presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA, Tom Prado. A iniciativa foi promovida pela CNA, Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além do setor agropecuário, estavam presente representantes de indústrias, representantes do governo e instituições de pesquisa. Ascom Moscamed Brasil com informações da CNA Foto: CNA
Moscamed promove capacitação sobre praga agrícola em Juazeiro e Petrolina

A Biofábrica Moscamed Brasil realiza entre os dias 04 e 05, em Juazeiro e Petrolina, a “Capacitação & Treinamento em Biologia e Monitoramento em Moscas-das-frutas”, voltada para profissionais que prestam assistência técnica a agricultores, como agrônomos, técnicos de monitoramento da Moscamed Brasil, fiscais e técnicos agropecuários da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro). O encontro faz parte do Plano Emergencial de Controle de Moscas-das-frutas (PEC-MF) e as aulas teóricas acontecem no auditório da Adagro, das 8h às 17h. De acordo com o presidente da Moscamed, Jair Virginio, a proposta do evento é uniformizar o conhecimento dos capacitandos em biologia e no manejo integrado das moscas-das-frutas. Durante o curso, os participantes terão aulas teóricas e práticas sobre o controle legislativo da Adagro, conhecerão a biologia das moscas-das-frutas, a Técnica do Inseto Estéril, o manejo integrado e os sistemas de monitoramento, além de aprender o manuseio do controle químico. Na manhã de sexta-feira (05), serão realizadas aulas práticas de laboratório e de campo, das 8h às 12h, na Moscamed Brasil, em Juazeiro/BA, sob a orientação pesquisadora Maylen Gomez e da coordenadora técnica do PEC-MF, Marijke Daamem. “A parte prática é necessária porque fixará o conhecimento teórico e permitirá que os participantes visualizem o que encontrarão no campo”, explicou Daamem. A coordenadora geral da Adagro, Erivânia Camelo, prestigia a realização do evento. “É muito bom ver os técnicos sendo capacitados, porque eles estão em contato diário com os produtores, e terão mais facilidade para lidar com a praga. Desta forma eles vão colaborar melhor com o controle das moscas-das frutas e, portanto, com a sustentabilidade da fruticultura do Vale do São Francisco”, frisou Camelo. Plano Emergencial de Controle de Moscas-das-frutas A preocupação com a alta infestação da praga no Vale do São Francisco, é que levou produtores e exportadores da região a definirem estratégias para supressão populacional da Ceratitis capitata. Um grupo foi criado e já participou de uma série de reuniões e audiências, uma delas, inclusive, com o ministro da Agricultura, Neri Geller, e outra com o governador de Pernambuco João Lyra Neto. No início do mês de julho o governador pernambucano, efetivou o lançamento do Plano Emergencial ao assinar um contrato R$ 2 milhões, que serão utilizados na execução do plano, junto à Moscamed, à Secretaria de Agricultura e à Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado (Adagro). O Plano Emergencial foi criado coletivamente em um workshop estratégico realizado no mês de agosto em parceria com a Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e pequenas Empresas (SEBRAE) e da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e a Moscamed. Entre as primeiras ações do plano realizadas pela Moscamed estão diversas palestras com os produtores do Vale para apresentar o Plano emergencial e conscientizá-los de suas participações, e a instalação de 1.200 armadilhas nos perímetros irrigados de Pernambuco, para que sejam iniciadas as atividades de monitoramento da praga. Ascom Moscamed
Moscamed prepara pacote de tecnologia limpa para o combate às moscas-das-frutas

A Biofábrica Moscamed Brasil deu o primeiro passo para o registro de um pacote tecnológico para combate às moscas-das-frutas, junto ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), neste mês de outubro. Trata-se do parasitoide Diachasmimorpha longicaudata, usado em vários países para controle biológico de moscas-das-frutas dos gêneros Anastrepha, Bactrocera e Ceratitis. A proposta da Moscamed é multiplicar o parasitóide em laboratório, liberá-lo em campo para reduzir as populações das moscas-das-frutas. A tecnologia ‘limpa’ poderá ser utilizada em plantações comerciais e também por agricultores que desenvolvem a produção de frutos orgânicos no Vale do São Francisco (VSF), que por não fazerem uso do controle químico, os pomares podem funcionar como repositórios para a praga. O parasitóide, popularmente conhecido como vespa, é um inimigo natural das moscas-das-frutas. O processo acntece quand a fêmea do Diachasmimorpha longicaudata introduz o ovipositor no interior do fruto e coloca seus ovos dentro do corpo da larva da mosca, surgindo uma nova vespa, que elimina a praga. As moscas-das-frutas são consideradas uma das maiores pragas agrícolas no mundo. A praga tem preocupado os produtores do VSF, pois existe na região uma variedade de culturas hospedeiras dos insetos, que provoca perdas diretas em campo e o aumento no custo da produção. Os prejuízos somam 120 milhões de dólares por ano para a fruticultura brasileira e mais de 2 bilhões de dólares para a fruticultura mundial. O Presidente da Moscamed Brasil, Jair Virgínio, explica que recentemente os governos baiano e pernambucano liberaram recursos financeiros para conduzir um programa de área ampla, empregando medidas para supressão da praga. Ele informa ainda que para o programa ter sucesso, é fundamental que haja tecnologias que contribuam para o controle da mosca-das-frutas em sistemas de produção orgânico. A Moscamed considera que a vespa poderá ser usada igualmente na região norte do Brasil, em programas fitossanitários de combate a mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae). A mosca que afeta a carambola é uma praga quarentenária, ou seja, está presente em outros países ou regiões e mesmo sob controle permanente, constitui ameaça a economia agrícola do país ou região importadora. De acordo com Virgínio, a nova tecnologia vem somar na luta contra os insetos. “Conjugados ao uso de machos estéreis, já registrados pela Moscamed, o parasitoide pode se uma tornar ferramenta importante para o manejo de moscas-das-frutas em todo o Brasil, contribuindo para reduzir a pressão provocada por essa praga”, concluiu Virginio. O Projeto de registro, produção e comercialização da vespa é uma parceria entre a Moscamed e a Agropec. Parasitoide A pesquisa sobre a Diachasmimorpha longicaudata foi iniciada em 1994 em um projeto coordenado pelo Dr. Antônio Souza do Nascimento, da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, em Cruz das Almas, BA. Ascom Moscamed
Presidente da Moscamed visitou a Biofábrica de Cacau, em Ilhéus/BA

Com o objetivo de trocar experiências e conhecer o atual sistema de produção de mudas de cacau, o Presidente da Moscamed Brasil, Jair Virginio, visitou na última quarta-feira (01), em Ilhéus, região sul da Bahia, as instalações da Biofábrica de Cacau. A Biofábrica é a primeira unidade no mundo que visa à produção, em escala industrial, de cacaueiros meristemáticos – produzidos em laboratórios- resistentes às pragas, como por exemplo, a vassoura-de-bruxa. Acompanhado do Diretor Técnico da Biofábrica de Cacau, Roberto Pacheco Júnior, Virginio conheceu a maior área de viveiro em campo aberto no mundo, com 40 mil metros e capacidade de armazenar 4,8 milhões de plantas. Em seguida visitou o laboratório de micropropagação vegetal, considerado um dos mais modernos do Brasil, além de apreciar a seção de estaqueamento e a estufa, que armazena 600 mil mudas e garante o controle de temperatura e de umidade. O presidente da Moscamed declarou que a visita foi bastante proveitosa e que existem perspectivas de parceria entre as duas instituições. “Visitei a Biofábrica de Cacau para partilhar conhecimentos, já que a Moscamed produzirá em breve mudas meristemáticas de palma forrageira. Mas estou animado com a possibilidade de firmarmos uma parceria”, elucidou Virginio. As mudas obtidas por esse processo, conhecidas como mudas de meristema, via técnica de cultura de tecidos in vitro, apresentam elevadas fitossanidade, precocidade e produtividade. A técnica torna possível a oferta de mudas em larga escala e em qualquer época do ano. No caso da palma forrageira, a micropropagação contribuirá na obtenção palmais sadios e esistentes às pragas. Ascom Moscamed