Estudantes do Mestrado em Horticultura da UNEB conhecem programa de monitoramento e Técnica do Inseto Estéril

Estudantes do Programa de Pós-Graduação em Horticultura Irrigada (PPHI) do Campus III da Universidade Estadual da Bahia – UNEB visitaram a Moscamed nesta terça-feira (03) para conhecerem o programa de monitoramento de moscas-das-frutas desenvolvido pela biofábrica e o histórico da produção e liberação de machos estéreis de moscas com a Técnica do Inseto Estéril (TIE). Desde 2005, a Biofábrica Moscamed Brasil atua na produção de insetos empregados no manejo integrado de moscas-das-frutas, no monitoramento de espécies de interesse econômico, como a moscas-das-frutas, espécie Ceratitis capitata, que é responsável pelos maiores danos causados a fruticultura mundial, e na capacitação, treinamento e disseminação de informação técnico-científica. “O programa de monitoramento desenvolvido pela Biofábrica tem como objetivo auxiliar na redução da população da praga alvo a níveis abaixo do dano econômico, ao utilizar sistemas de alta tecnologia, como a Técnica do Inseto Estéril, e o Geoprocessamento, diminuindo os custos de produção para o produtor, e os problemas ambientais causados pelo uso de agrotóxicos”, destacou a Supervisora do Programa de Armadilhamento e Controle de MF, a engenheira agrônoma Marijke Daamen. O monitoramento é o principal pré-requisito para o controle racional e eficiente de moscas-das-frutas. Essa atividade permite conhecer as espécies de moscas mais frequentes, detectar espécies exóticas, a flutuação populacional, e a densidade da praga em campo. “Monitoramos no Vale do São Francisco hoje uma área de 5.590 hectares de cultivos de manga e uva. Os índices de infestação MAD (Mosca-Armadilha-Dia) nas áreas irrigadas está em torno de 2,9, no estado de Pernambuco e 2,6 na Bahia. O programa de Pós Graduação em Horticultura Irrigada tem como objetivo formar profissionais que se dediquem à produção de conhecimentos relevantes nas cadeias produtivas de oleícolas e fruteiras, principalmente as produzidas no semiárido irrigado da Bahia, e por extensão, do Semiárido do Nordeste brasileiro. Os alunos foram orientados pelo entomologista pela UFPR e doutor em Agronomia, Professor José Osmã Tales Moreira. Mais informações sobre a rotina dos laboratórios e do campo, produção acessem Moscamed Brasil/Facebook e sigam-nos Twitter @moscamed!
XXVI Congresso Brasileiro e o Latino-Americano de Entomologia debatem avanços tecnológicos de interesse para o Brasil
O XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia e o IX Congresso Latino-Americano de Entomologia foram promovidos pela Sociedade Entomológica do Brasil (SEB) e este ano foi realizado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), de 13 a 17 de março, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió, Alagoas. Este ano no centro das discussões, o mosquito Aedes aegypti, principal transmissor de Zika, Dengue, Chikungunya, e febre amarela. As palestras abordaram aspectos da biologia do mosquito, comportamento e métodos de controle. Os congressos são os principais fóruns de discussão sobre Entomologia na América Latina, uma oportunidade para a convivência, discussões, e troca de conhecimentos e de experiências entre o maior número possível de entomólogos da América Latina, e também entre participantes de países de outras partes do mundo. A programação técnico-científica foi composta de simpósios, mesas-redondas e palestras sobre temas atuais da Entomologia e avanços tecnológicos de interesse para o Brasil, além de apresentações de trabalhos orais e posters, concurso de fotografia e Entomoquiz. O presidente da Moscamed, Dr Jair Virginio foi um dos convidados para a rodada de palestras e discorreu sobre o ‘Programa de combate as moscas-das-frutas no Vale do São Francisco’, programa de Armadilhamento e controle que concedeu à Moscamed reconhecimento internacional. Também representando a biofábrica a doutouranda Maylen Gomez com a apresentação ‘Densidade de hospedeiros para a criação de Fopius arisanus (Hymenoptera: Braconidae)’.
Presidente da Moscamed conhece estratégias de controle de mosquitos adotadas na Flórida (EUA)

O combate ao mosquito Aedes aegypti no Brasil reuniu esforços do poder público e centros organizações de pesquisa a exemplo da Biofábrica Moscamed Brasil, sediada na região norte da Bahia. Após desenvolver o Projeto Aedes Transgênico – PAT que utiliza uma linhagem genticamente modficicado para controle e erradicção do mosquito, o presidente da biofábrica, Dr jair Virginio e a pesquisadora ICB/USP, professora Margareth Capurro, coordenadora do PAT, visitaram o Distrito da Flórida de Controle de Mosquitos (www.keysmosquito.org). A visita aconteceu entre os dias 25 e 29 de janeiro e teve o objetivo de conhecer as estratégias de controle adotadas pela Flórida (EUA). “Defendemos uma abordagem baseada em monitoramento de qualidade, permitindo a aplicação de medidas com base na real situação de campo. A estratégia é aplicar o manejo integrado do mosquito, atacando o mosquito tanto na fase imatura (larva e pupa) quanto na fase adulta, utilizando todas as tecnologias disponíveis. Inclusive a que temos. Não existe uma ferramenta que sozinha dará conta do controle do mosquito”, avaliou Virginio. Primeira biofábrica de mosquitos no mundo e que até dezembro de 2015, de acordo com pesquisas, com maior produção de insetos em larga escala. A Moscamed foi estabelecida em abril de 2005 e está sediada na cidade de Juazeiro, na região norte da Bahia, sendo reconhecida pelo ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). PAT O Projeto Aedes Transgênico (PAT) visa controlar a transmissão da doença produzindo linhagens de mosquitos geneticamente modificados (OGM), que serão capazes de suprimir populações naturais do transmissor da doença. O projeto nasceu de uma pesquisa que consiste na utilização de mosquitos machos de uma linhagem transgênica para combater o mosquito transmissor do vírus dengue. Cientistas ingleses introduziram um gene (unidades de características hereditárias) no mosquito Aedes aegypti, que é responsável pela produção de uma proteína que, em altas doses, impossibilita o desenvolvimento da prole (filhos) desses mosquitos, ou seja, eles não serão capazes de chegar à fase adulta, e, por isso, não conseguirão transmitir a doença. Mais informações acesse a página no Facebook: Moscamed Brasil e siga o Twitter: @moscamed!
Projeto Aedes Transgênico: Moscamed recebeu visita do Secretário de Saúde da Bahia

Pioneira na produção e liberação do mosquito Aedes aegypti transgênico no Brasil, a Moscamed recebeu no último sábado (21), a visita do Secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, e comitiva formada pelo prefeito de Juazeiro Isaac Carvalho, o deputado estadual Crisóstomo Lima, o Zó (PCdoB), o deputado estadual Eduardo Sales (PP), o assessor de relações institucionais da prefeitura, Pedro Alcântara, os secretários municipais de saúde Dalmir Pedra, e de Gabinete, Paulo Bonfim, os vereadores Eduardo Lopes (PCdoB) e Anderson da Iluminação (PP) e o ex-coordenador regional da ADAB, Carlos Kléber. O secretário de saúde conheceu a Unidade de Produção do Aedes Transgênicos – UPAT, e as etapas da produção do mosquito. “Temos a convicção de que estratégias alternativas de combate ao mosquito devem ser estimuladas, pois ele se tornou a principal ameaça à saúde pública do país, visto que é vetor de transmissão da dengue, chikungunya e zika”, ressaltou Fábio Vilas-Boas no site da secretaria de saúde. De acordo com a publicação, o secretário afirmou que essas doenças estão supostamente relacionadas ao aumento do número de casos da síndrome de Guillain-Barré e microcefalia, sobretudo, no Nordeste. No site, o secretário da Saúde afirmou que uma das alternativas seria investir na ampliação da planta a fim de atuar nas principais cidades da Bahia com epidemia de dengue, chikungunya ou zika. A Moscamed tem capacidade de produzir de R$ 4 a 5 milhões de mosquitos por semana, suficiente para controlar uma área com cerca de 80 mil habitantes. “Iniciamos o Projeto Aedes Transgênico – PAT em parceria com o Governo da Bahia, através da Secretaria de Saúde da Bahia – SESAB, em duas comunidades de Juazeiro, entre os anos de 2011 e 2012. Na época conseguimos uma redução de 85% do inseto em campo”, informou a superintendente da Biofábrica, Carla Santos. Em 2012, a biofábrica foi convocada para implantar o projeto em todo o município de Jacobina, região noroeste da Bahia, onde havia alto índice de notificações e casos confirmados do vírus dengue. A Moscamed então inaugurou o Laboratório de Emergência, Monitoramento e Informações – LEMI no município para iniciar as liberações em toda área. O PAT tem o objetivo de suprimir a população do mosquito A. aegypti liberando mosquitos geneticamente modificados (OGM) que, ao copular com a fêmea selvagem, transmite um gene que elimina a prole na fase de pupa.
Técnica do Inseto Estéril desenvolvida pela Moscamed no combate a moscas-das-frutas é citada na Revista Pesquisa Fapesp
A Revista Pesquisa Fapesp (Fundação de Amaro à Pesquisa do Estado de São Paulo) divulgou na sua edição do mês de outubro de 2015, o trabalho desenvolvido pela Biofábrica Moscamed com o controle biológico da mosca-das-frutas, da espécie Ceratites capitata utilizando a Técnica do Inseto Estéril (TIE) e liberação de machos estéreis nos pomares do Vale do São Francisco. Intitulada, ‘Empresas desenvolvem métodos de criação de insetos para polinização e combate a pragas’, o artigo destacou o uso de insetos para auxiliar na produção de frutas e no combate às pragas. A matéria relata a estratégia da Biofábrica Moscamed que produz e libera insetos no campo para combater as pragas. “Sua biofábrica produz machos estéreis da mosca-da-fruta-do mediterrâneo (Ceratitis capitata) que são liberados nas plantações de frutas (manga, uva, goiaba, acerola, laranja), principalmente na região Nordeste, para competir com seus congêneres selvagens (ver Pesquisa FAPESP nº 133)”, citou. No artigo o diretor presidente da Moscamed, Dr Jair Fernandes Virgínio, explicou que a criação é feita a partir da variedade Vienna 8, “desenvolvida pela Agência Internacional de Energia Atômica, que, ao contrário das linhagens selvagens, tem pupas de machos e fêmeas de cores diferentes. Assim, é possível saber nessa fase o sexo do inseto que emergirá”, afirmou. No processo de criação das moscas, as fêmeas são eliminadas ainda na fase de ovo com tratamento hidrotérmico, a água a 34°C. Os machos são esterilizados com radiação (raios X ou gama) e soltos na natureza. Antes da liberação é feito um monitoramento para conhecer o número de moscas existentes no campo, após isso são liberados de um a nove machos estéreis para cada selvagem. O macho estéril desenvolvido pela Moscamed copula com a fêmea selvagem que colocará seus ovos nas frutas, que não gerarão descendentes. De acordo com Dr Jair afirmou na reportagem, “com a liberação contínua de machos estéreis, a população das moscas se reduz até um nível em que não causa danos econômicos”. A Embrapa Uva e Vinho, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária em Bento Gonçalves (RS), fará testes semelhantes aos trabalhos desenvolvidos na Moscamed, mas para outra espécie de mosca-da-fruta, a sul-americana (Anastrepha fraterculus), que danifica frutas cultivadas na região, principalmente maçã e pêssego. A diferença é que serão esterilizados machos e fêmeas, porque nesse inseto não é possível determinar o gênero na fase de pupa. Outras pesquisas citadas no artigo foi a produção de abelhas nativas mamangava e de uma espécie sem ferrão conhecida mandaguari (Scaptotrigona depilis) por duas empresas de São Paulo. Uma das empresas já tem no mercado três espécies de ácaros predadores microscópicos, usados no controle biológico de pragas que causam danos a hortaliças, frutas, flores e outras plantas cultivadas e fungos que atacam as raízes de várias culturas, na formação das mudas. Uma empresa em Piracicaba (SP) cria quatro espécies de pequenas vespas parasitoides, além dos hospedeiros nos quais elas são multiplicadas para o controle dos ovos da broca-da-cana (Diatraea saccharalis), uma pequena mariposa que, em sua fase larval, ataca canaviais. Fonte: Revisa Pesquisa Fapesp – www.revistapesquisa.fapesp.br Confiram: http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/10/14/producao-alada/ Quer saber mais? www.moscamed.org.br e siga no Twitter @moscamed!